Alemanha
Não é apenas a intensa programação de jogos no período, que prossegue até terça-feira, 26 de março, que o confronto abrirá. Também será a largada na fase de renovação da seleção alemã.
O técnico Joachim Low, depois de muitas críticas nos últimos dez meses, recebeu abrir mão de suas convicções e promover mudanças mais radicais no time.
Fruto, muito provavelmente, de seu desejo de manter o emprego até a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Campeão mundial em 2014, no Brasil, Low teve seu contrato renovado até a próxima copa às vésperas da Rússia 2018.
No entanto, com a eliminação da Alemanha ainda na primeira fase e com uma derrota para a Coreia do Sul (2 a 0) partida final sem que o time apresentasse formas diferentes de atuar, os primeiros pedidos por sua demissão foram feitos antes mesmo que as malas fossem arrumadas antes do retorno da delegação para Alemanha.
A Federação Alemã, no entanto, resolveu bancar a decisão tomada e garantiu o emprego de Low. Com esse apoio, o técnico não fez grandes mudanças em sua maneira de atuar.
Atendeu um ou outro apelo dos críticos e torcedores, mas manteve seu padrão na primeira competição pós-mundial, a estreante Liga das Nações da Europa. Fracassou.
Em um grupo que tinha a França, campeã mundial, e a Holanda, mais interessada em brigar pela vaga do que aconteceria normalmente, pois vinha de fracassos nas eliminatórias para Rússia 2018 e da Euro 2016, os alemães ficaram em último lugar no grupo 1 sem terem alcançado uma vitória sequer .
Foram rebaixados para Segunda Divisão do torneio. A queda aconteceu em novembro de 2018, mas Low não sinalizou mudanças na época.
Contudo, alguma coisa aconteceu entre esse período e março. Foi quando o técnico visitou o Bayern de Munique e anunciou o processo de renovação, que incluía a dispensa de atletas como Matts Hummels, Jerome Boateng e Thomas Muller.
A atitude do treinador gerou crítica dos cartolas do clube. Não pela dispensa dos atletas, mas pelo momento de seu anúncio, uma vez que o time estava prestes a disputar um jogo decisivo da Liga dos Campeões – acabou sendo eliminado pelo Liverpool – e trava uma batalha acirrada com o Borussia Dortmund pelo título do Campeonato Alemão.
De fato, nada justifica a demora de quase quatro meses para tal comunicado. A não ser que Low tenha sido convencido por terceiros a tomar essa atitude.
Mesmo que controversa, a renovação começou com as convocações dos defensores Lukas Klostermann, do RB Leipzig e Niklas Stark, do Hertha Berlim; e do meia Maximilian Eggestein, do Werder Bremen. Enfim, foi bem menos intensa do que se esperava.
Sérvia
A Sérvia teve sucesso em sua primeira participação da Liga das Nações da Europa e será companheira da Alemanha na próxima edição do torneio.
Participou da Liga C, a Terceira Divisão, e garantiu o acesso para Segunda Divisão ao vencer o grupo 3. Somou 14 pontos deixando a Romênia, com 12, na segunda posição.
Assim, defenderá nesta quarta-feira a invencibilidade de seis partidas estabelecida na competição, uma vez que seu resultado anterior havia sido a derrota, por 2 a 0, para a seleção brasileira, que provocou a eliminação ainda da primeira fase na Copa do Mundo da Rússia.
A estreia nas eliminatórias para Euro 2020 foi marcada para segunda-feira, 25 de março, contra os atuais campeões do torneio.
Enfrentará, como visitante, Portugal, em jogo pelo grupo B, que tem ainda Ucrânia, Lituânia e Luxemburgo.
O técnico Mladen Krstaji? tem, no entanto, uma série de atletas importantes com problemas físicos. Entre eles estão Dusan Tadic, astro do Ajax, Filip Kostic, Ljubomir Fejsa, Aleksandar Mitrovic e Aleksandar Kolarov.
Nenhum deles deve ser relacionado para o encontro com a Alemanha. A esperança é de que estejam disponíveis para enfrentar os portugueses.
Nemanja Matic, do Manchester United foi descartado até mesmo do jogo de estreia das eliminatórias da Euro 2020.
Com muitos atletas contundidos e pensando na partida contra Portugal, a seleção sérvia colocará em campo um time com mais reservas do que titulares. Deverá, dessa maneira, facilitar a missão da Alemanha, que precisa mostrar serviço após os fracassos recentes.