Haiti
Os haitianos são os estranhos no ninho das semifinais.
Habitualmente eliminados no estágio inicial da Copa Ouro, eles acabaram confirmando na edição 2019 da competição que reúne seleções das Américas Central e do Norte a evolução que havia apresentado na disputa das eliminatórias para a edição inaugural da Liga das Nações da Concacaf, em que alcançaram os 12 pontos possíveis (quatro vitórias) e se classificaram para Liga A, a Primeira Divisão da competição que terá sua largada em setembro próximo.
Fizeram sua estreia na Copa Ouro marcando 2 a 1 na seleção de Bermuda, de virada, em confronto que promoveram um massacre ofensivo.
Foram 24 tentativas de finalização, sendo dez delas no alvo, para alcançar os primeiros três pontos. Contra a Nicarágua, na jornada seguinte, nem precisaram fazer tanta força.
Em menos de 35 minutos chegaram ao 2 a 0, que, então, trataram de administrar assegurando a classificação para as quartas de final com uma jornada de antecipação.
O grande resultado, contudo, foi reservado para a jornada derradeira da fase de classificação. A equipe do Haiti superou, por 2 a 1, a Costa Rica, que disputou a Copa do Mundo da Rússia de 2018.
Mais uma vez, o sucesso foi obtido de virada, com o gol decisivo marcado aos 36 minutos da segunda etapa, o que evitou o confronto com o favorito México nas quartas de final.
Ao ficar no primeiro lugar da chave, os haitianos tiveram o Canadá em seu caminho. No sábado, 29 de junho, venceram por 3 a 2, em nova virada. Dessa vez de maneira mais difícil.
Os canadenses abriram dois tentos de vantagem no primeiro tempo. David, aos 18 minutos, e Cavallini, aos 28 minutos, marcaram.
Na etapa final, Nazon, aos 5 minutos, iniciou a reação. Balize, aos 25 minutos, em cobrança de pênalti, igualou o marcador, e Guerrier, aos 31 minutos, colocou o Haiti nas semifinais da Copa Ouro 2019.
México
Os mexicanos também entraram em campo no sábado, 29 de junho, e tiveram sua sequência de vitórias iniciada com o começo do trabalho do técnico argentino Gerardo Tata Martino interrompida.
Ficaram no empate, por 1 a 1, no tempo regulamentar, com a Costa Rica. Após nova igualdade, dessa vez sem gols, no período extra, só garantiram sua sobrevivência na luta pela taça ao marcar 5 a 4 na decisão por pênaltis.
Foi o duelo mais equilibrado que tiveram na competição. Contando com maior tempo de posse de bola (60%), os mexicanos até criaram ao longo dos 120 minutos mais oportunidades de finalizar que os costarriquenhos (22 a 15).
Contudo, o número de tiros na direção certa dos dois lados foi igual: cinco. Foi a primeira vez que os mexicanos terminaram uma partida marcando somente um gol desde que Tata Martino assumiu o comando. Nas sete vitórias anteriores, o time havia assinalado ao menos três tentos.
Porém, a defesa, que foi vazada em seis dos sete confrontos, mais uma vez mostrou falhas. A vocação ofensiva do México encontrou na Costa Rica um obstáculo que não conseguiu superar.
Diante do Haiti, talvez não tenha tantos problemas. Embora venham obtendo resultados expressivos, os haitianos não apresentam um sistema defensivo insuperável.
